Cerca de 80% dos profissionais da educação do município de Matupá permanecem de greve pleiteando da Prefeitura Municipal a validação da Lei do Piso Nacional dos Professores com a atualização dos subsídios em 13,01% --- estabelecida pelo Ministério da Educação/Governo Federal, e que este benefício seja estendido aos servidores do apoio e técnico administrativo da rede pública de ensino. Outro pleito da categoria diz respeito a reforma e ampliação das escolas e creches, a promoção de urgentes melhorias nas condições de trabalho do funcionalismo e adequações ao Plano de Cargos, Carreira e Salários do Setor Educacional.
Nesta semana o Prefeito Valter Miotto Ferreira divulgou nota oficial na imprensa fazendo menção ao despacho do Desembargador Rubens de Oliveira Santos Filho do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, datada de 20 de março de 2015, estabelecendo que o Sindicato dos Trabalhadores da Educação Pública (SINTEP) mantenha 30% dos Servidores Públicos da Educação (professores, merendeiras, vigias, agentes de limpeza, auxiliares administrativos) em atividade, sob pena de multa diária de R$ 10.000,00 por descumprimento.
Reunidos em Assembleia Geral, os profissionais da educação Matupaense não acataram a decisão do TJ/MT e a notificação do Chefe do Executivo Municipal, e optaram pela continuação do movimento grevista pelos seus direitos.
Regielma Bentes, Presidente do SINTEP, enfatizou que a decisão do Desembargador Rubens de Oliveira Santos Filho diverge da Lei 7.783/89, na qual evidencia apenas como serviços essenciais, a Saúde e a Segurança para que a manutenção de 30% de funcionamento seja acolhida em caso de greve.
Na manhã desta quinta-feira (26) dezenas de profissionais da educação fizeram uma passeata e manifesto pacífico pelas principais ruas e avenidas da cidade de Matupá com objetivo de informar, divulgar e sensibilizar a comunidade no sentido de apoiar a greve que tem única e exclusivamente o objetivo de buscar a valorização salarial dos servidores públicos que atuam arduamente nas unidades escolares e creches públicas nesta missão de educar.
“Estamos sendo respaldados pelos pais, por alguns vereadores, parte da imprensa que nos ouve, e por diversos segmentos da sociedade organizada. É um direito que nos assiste, e o prefeito Valter Miotto Ferreira tem que nos apresentar uma proposta palpável, respeitável e sem embromações. Estivemos desenvolvendo o levantamento de dados técnicos e financeiros com a sua equipe de Secretários, nos reunimos com Ministério Público Estadual, apresentamos a viabilidade do reajuste e equiparação salarial, mas infelizmente não houve concordância do gestor municipal. Diante disso a Assembleia Geral manifestou-se a manutenção da Greve”, comentou Regielma Bentes.
Um Pit Stop deverá ser desenvolvido no final da tarde desta quinta-feira na Avenida Interpeninsular para o fortalecimento do movimento grevista e agregação de apoio dos munícipes a este pleito da categoria.