A crise levou dez cidades do Estado a cancelarem o carnaval popular em 2016. Devido a necessidade de investimentos em outras áreas, os municípios decidiram não promover o evento. Neste ano, Campo Verde, Guaratinga, Lucas do Rio Verde, Mirassol do Oeste, Nova Mutum, Nortelândia, Pontes e Lacerda, Rondonópolis e Sorriso devem ficar fora da folia. Segundo prefeituras, sem a festa cada um deve economizar entre R$ 200 mil e R$ 500 mil.
Em Campo Verde (a 139 km de Cuiabá), a prefeitura informou que os recursos devem ser destinados à compra de equipamentos para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24 horas. Já Rondonópolis (a 218 km da capital) alegou que nos dois anos anteriores o evento também não foi realizado em razão de outras prioridades, como saúde, educação e infraestrutura.
Algumas cidades da região norte do Estado, como Lucas do Rio Verde, Nova Mutum, Sinop e Sorriso, já não realizam o carnaval de rua com recursos públicos desde 2013.
A prefeitura de Sinop apontou que a não realização da festa de Momo gera uma economia de R$ 500 mil. E que os recursos devem ser destinados a outras áreas. A Secretaria de Indústria, Comércio e Turismo de Sorriso (a 420 km de Cuiabá) frisa que a verba que seria destinada à festa popular, em torno de R$ 300 mil, deve ser investida nas necessidades prioritárias do município. Da mesma forma, a Prefeitura de Nortelândia (254 km da capital) cancelou o carnaval a fim de economizar R$ 200 mil.
Em Mirassol D’Oeste (a 329 km de Cuiabá), o Executivo também anunciou no dia 11 deste mês o cancelamento do carnaval de rua. No site, o município dará prioridade à educação do município.
Segundo a assessoria da prefeitura de Guiratinga, a 334 km de Cuiabá, devido às dificuldades que a crise econômica vem provocando na arrecadação dos Estados e municípios apontando na direção de um provável agravamento neste início de 2016, o prefeito Hélio Goulart (DEM) suspendeu os gastos com realização de carnaval de rua de 2016.
O prefeito de Pontes e Lacerda, Donizete Barbosa, afirma que devido a situação pela qual a cidade passa é inviável qualquer festa. “Estamos em situação de emergência. Com muita gente desabrigada. A festa popular está fora de cogitação”, diz.