O Ministério Público estadual (MPE) ingressou com ação civil requerendo a indisponibilidade de bens dos investigados na Operação Sodoma 4 até o valor de R$ 31 milhões. O montante visa ressarcir o erário do desvio realizado por meio da desapropriação de imóvel conhecido como Jardim Liberdade.
A ação foi proposta pelo Núcleo de Defesa do Patrimônio Público e está sob a responsabilidade do promotor de Justiça Clovis de Almeida Junior. Além do bloqueio dos bens, o MPE quer a condenação dos investigados Silval Barbosa (PMDB) e dos ex-secretários de Estado, Pedro Nadaf, Marcel de Cursi, Arnaldo Alves de Souza, do ex-chefe de gabinete Silvio Cézar Correa de Araújo, o advogado Levi Machado, e dos empresários Alan Malouf, Valdir Piran e Filinto Muller.
O desvio já foi confirmado por Silval Barbosa e teve como objetivo a quitação de dívida junto ao empresário Valdir Piran, também réu na Operação Sodoma 4.
O Estado pagou R$ 31 milhões de indenização pela desapropriação ao dono da área, o arquiteto Antonio de Carvalho, que estabeleceu acordo com o ex-procurador Francisco Lima para que devolvesse a metade do valor para o grupo criminoso.
Dos R$ 15 milhões que retornaram a organização, R$ 10 milhões foram destinados a Silval que os repassou a Piran para o pagamento da dívida. O restante dividido entre os membros do grupo compostos por Pedro Nadaf, Marcel de Cursi, Francisco Lima, Afondo Dalberto e Filinto Muller e João Justino, ex-presidente na Companhia Mato-grossense de Mineração (Metamat).