A Cooperativa de Garimpeiros do Vale do Rio Peixoto (COOGAVEPE) em parceria com a Empresa Fragmetal traz a tecnologia aos garimpeiros de Mato Grosso, com metas e objetivos específicos de aproveitamento do material considerado rejeito de garimpo de ouro.
A planta para exploração de ouro é compacta e móvel, minimizando os custos de manuseio de materiais oriundos dos aluviões, colúvios e elúvios, ou seja, garimpos trabalhados em solo, rochas e até de depósitos residuais de minérios.
Esse processo deverá alcançar taxas de recuperação minerais superiores a qualquer outro equipamento, minimizando perdas e maximizando o desempenho financeiro.
Os investimentos chegam a R$ 800.000,00. Assim que entrar em funcionamento, o equipamento permitirá a separação do ouro por gravidade, sem o uso de produtos químicos ou de mercúrio. O percentual de recuperação de ouro nestes rejeitos pode chegar a 90%. De modo que possa se concentrar e recuperar praticamente qualquer mineral ou pedra preciosa.
A máquina que está sendo instalada em uma área de mineração legalizada pela Coogavepe no município de Matupá, é capaz de lidar com alimentação, limpeza e triagem do material da areia e até mesmo de grandes rochas. O sistema operacional de esfregar e rastreio permite alto rendimento na classificação e recuperação de pequenas partículas minerais extremamente finas.
Segundo o Presidente da Cooperativa de Garimpeiros, Gilson Gomes Camboim, o equipamento da Fragmetal promete dobrar a vida útil dos garimpos, pois irá processar e reaproveitar todos os resíduos minerais já trabalhados nas décadas passadas, e que não passavam de passivos ambientais.
“A metodologia de garimpagem com a utilização de dragas e bateias ainda provoca muitas perdas, principalmente do ouro mais fino, porém com a chegada desta tecnologia haverá o aproveitamento praticamente total do potencial aurífero da região, fator que refletirá em maior produtividade e geração de renda aos cooperados. Outro fator positivo será percebido com o fim das montanhas de resquícios de mineração, com o nivelamento e recomposição do solo e o processo de reflorestamento da área degradada”, enfatizou Gilson Camboim.
Maurício Moreira, Diretor da Fragmetal Mineração de Minas Gerais, disse que a planta é compacta e poderá ser utilizada em qualquer região com custo operacional consideravelmente baixo com acionamento por gerador. Neste sistema a recuperação do ouro será de aproximadamente 90% com processamento inicial de 10 toneladas/hora.
“É importante lembrar que o equipamento é ecologicamente correto, pois não usa produtos químicos, como o azougue. O minério processado pode retornar a mina para efeitos de reflorestamento. Não existe morosidade na obtenção de licença de exploração e a planta é 100% nacional, fabricada pela Fragmetal Mineração”, explicou.
Os primeiros testes e experiências serão desenvolvidos nesta semana, e as expectativas sobre a viabilidade do projeto são extremamente positivas e prometem revolucionar a mineração Mato-grossense, tornando-se mais uma proposta pioneira da Cooperativa de Garimpeiros do Vale do Rio Peixoto.