Um grupo de 30 produtores rurais de Peixoto de Azevedo e Matupá está participando do projeto pioneiro de citricultura na região Vale do Peixoto. Coordenado pelas Secretarias Municipais de Agricultura dos municípios e Assistência Técnica do Engenheiro Agrônomo do Instituto Agronômico do Paraná - IAPAR, Eduardo Fermino Carlos, estudos e pesquisas de viabilidade foram desenvolvidas ao longo de cinco anos para que a produção alcance índices consideráveis visando o mercado de frutas frescas e a industrialização.
Neste primeiro momento estão sendo entregues 12.000 mudas de Limão Tahiti melhoradas geneticamente aos 20 agricultores de Peixoto de Azevedo e outros 10 de Matupá. Cada um receberá 400 mudas, que ocuparão uma área de um hectare em suas respectivas propriedades.
Segundo os Secretários Valdecir Noronha e Daniel Cenci, as questões climáticas e o solo altamente fértil da região favorecem a cadeia produtiva do limão tahiti, com produção acentuada e tendência de florescimento ao longo de todo ano.
O Prefeito Sinvaldo Santos Brito acompanhou a chegada do caminhão de mudas e o processo de distribuição. Para ele, trata-se de uma boa alternativa para a agricultura familiar, já que, mesmo numa área de produção muito pequena, o limão gera lucro. “A Prefeitura e Secretaria de Agricultura de Peixoto de Azevedo convidam os produtores a conhecerem e aderirem ao o projeto de citricultura sustentável do ponto de vista econômico, ambiental e social”, disse Sinvaldo Brito.
Em uma propriedade localizada as margens da rodovia BR-163 existe uma área experimental onde já no segundo ano de cultivo verifica-se o grande potencial da atividade. Devido a adaptação ao clima tropical, onde as plantas recebem muito sol e umidade controlada, os frutos são suculentos e graúdos. “Essa variedade de limão praticamente não necessita do uso de agrotóxicos. Além disso, ele pode ser produzido na forma de consórcio com outras culturas, tais como: mandioca, batata, abóbora, abacaxi, banana, entre outras”, lembrou o Secretário de Agricultura Valdecir Noronha.
O Brasil é o terceiro produtor mundial de frutas, mas, como quase tudo o que produz é para consumo interno, no mercado mundial ainda ocupa o 15º lugar.
“Os primeiros resultados são extraordinários. Iremos ampliar o número de produtores neste projeto de citricultura. Através de parceriaS buscaremos o melhoramento genético, proteção de plantas e técnicas de manejo de pomares que assegurem o sucesso desta cadeia produtiva”, enfatizou o Secretário de Agricultura Peixotense, Daniel Cenci.