A Cooperativa de Garimpeiros do Vale do Rio Peixoto (COOGAVEPE) realizou reunião expositiva sobre as novas modalidades de exploração mineral dos chamados ‘Filões de Ouro’.
O evento aconteceu no dia 31 de julho no auditório da Câmara de Vereadores de Peixoto de Azevedo e contou com a presença de diversos gestores de garimpos da região.
Na oportunidade quatro geólogos explanaram a cerca da evolução tecnológica da mineração regional viabilizada por meio da legalização de áreas pela Coogavepe junto do DNPM – Departamento Nacional de Produção Mineral, com subsídios imprescindíveis da Companhia Mato-grossense de Mineração – METAMAT.
Os geólogos palestrantes, Emílio Miguel Júnior (Coogavepe), Hermes Galdino Pereira da Silva (Coogavepe), Antonio João Paes de Barros (Metamat) e Raimundo de Oliveira da (Railuc Mineração), deram ênfase ao desenvolvimento de etapas fundamentais para o sucesso do empreendimento, tais como: Acesso a Imagens de Satélite, Mapeamento Geológico, Sondagens, Coleta de Amostras, Abertura de Trincheiras e a implantação de Plantas de Mineração eficazes e que permitam maiores chances de extrair o ouro das chamadas veias das rochas, cuja qualidade é altíssima, podendo variar desde pequenas partículas, como grãos e até pepitas em lavra subterrânea.
“Apresentamos aos gestores de mineração a metodologia que está sendo aplicada no estado do Paraná, onde o beneficiamento consiste em britagem do minério, passagem pelo moinho de bolas, peneiramento, lavagem, centrifugação e separação gravimétrica, com isso chegando a uma recuperação de 90% do ouro contido no minério, após este processo o estéril será submetido a um novo tratamento químico, onde a previsão é de se obter 99% de remoção de todo ouro presente, restando apenas traços do metal alvo. Trata-se de um procedimento extremamente viável para os garimpeiros do Vale do Peixoto, principalmente se trabalharem de forma cooperativa”, enfatizou o Geólogo Hermes Silva.
O Presidente da Coogavepe, Gilson Gomes Camboim, disse que a meta da cooperativa é promover a atualização das tecnologias de mineração, cumprir as dinâmicas da legislação vigente para o setor, desenvolver pesquisas em parceria com as universidades brasileiras, órgãos públicos e privados, avançar no processo de recuperação de áreas degradadas, providenciar assistência técnica aos cooperados e principalmente fomentar a atividade mineral com responsabilidade ambiental e sustentabilidade.
“A nossa pretensão é integrar a legalização, assistência técnica, organização administrativa e ambiental para que a garimpagem ecologicamente correta continue resultando em geração de empregos, renda e o fortalecimento econômico de nossa região. Quanto cooperativa, se faz necessário buscar continuamente essas melhorias inclusive no campo social para superação das expectativas positivas para mineração do Vale do Peixoto, que hoje é referencia para o Brasil”, destacou Gilson Camboim.