A Cooperativa de Garimpeiros do Vale do Rio Peixoto – COOGAVEPE, recebeu na última sexta-feira (02) uma equipe técnica da Casa da Moeda do Brasil vinda do Rio de Janeiro-RJ, instituição ligada ao Ministério da Fazenda e que fora criada no dia 08 de março de 1694, com o objetivo de fundir e cunhar o ouro extraído do Brasil durante o período colonial. São mais de três séculos de existência.
Inicialmente a Diretoria da Coogavepe apresentou ao Superintendente do Departamento de Meio Ambiente e Qualidade da Casa da Moeda do Brasil, Marcos Pereira e aos Técnicos de Segurança no Trabalho, Alexandre Peçanha e ao Analista de Gestão Ambiental, Tiago Pereira, um relatório áudio visual substanciado sobre a história de fundação, organização e funcionalidade da Cooperativa de Garimpeiros, e elencou os avanços alcançados ao longo dos oito anos de atuação no processo de legalização e tecnificação da atividade garimpeira, agregado a sustentabilidade ambiental e a propósitos sociais em benefício de seus mais de 4.436 cooperados e a toda população do Vale do Rio Peixoto.
Em seguida, os representantes da Casa da Moeda e membros da Coogavepe visitaram alguns Garimpos Legalizados e que funcionam obedecendo a uma série de exigências e normativas dos órgãos ambientais e fiscalizadores, cujo assessoramento técnico é desenvolvido pela instituição de classe até o estágio de recuperação da área degrada ou do passivo ambiental.
Eles acompanharam o sistema de extração em aluviões desde abertura de pistas, bombeamento do material por sistema hidráulico até as caixas, a chamada despesca de ouro e por fim o resumo e a queima do mineral na Central de Amalgamação. Até mesmo alojamentos, almoxarifado, refeitório, entre outras dependências do garimpo foram visitadas.
A região de abrangência da Coogavepe poderá obter brevemente a certificação ao assegurar uma metodologia de extração cada vez mais eficaz no que diz respeito ao meio ambiente e a segurança e saúde dos trabalhadores garimpeiros. O selo garante que a extração de ouro é livre de produtos químicos que contaminam a terra e prejudicam a saúde dos mineiros, incluindo substâncias tóxicas tradicionalmente utilizadas no processo, como mercúrio e cianureto.
Os Técnicos das Áreas de Segurança no Trabalho e Meio Ambiente da Casa da Moeda do Brasil darão todo suporte de consultoria para que a Cooperativa de Garimpeiros do Vale do Rio Peixoto se enquadre nas exigências do mercado mineral e obtenha o selo de ‘Ouro Justo’ ou a Certificação Internacional de Extração Ecológica. Fator que certificará a origem ou precedência aurífera junto a CMB e viabilizará a exportação do minério para outros países do mundo.
A Cooperativa conta atualmente com cerca de 80 áreas legalizadas com Licença Prévia, Licença de Instalação e Licença de Operação, e outras 120 estão em fase de requerimento junto ao DNPM.
Nos garimpos, o trabalho é desenvolvido por cooperados em regime de percentagem da produção bruta. A cooperativa mantem em seu quadro de geólogos, engenheiros florestais, biólogos e gestores ambientais que através destes estão sendo incorporadas estratégias ambientalmente adequadas no desenvolvimento socioeconômico da atividade mineral.
“A Coogavepe esta sendo referencia no estado de Mato Grosso e no país, diante da implementação de mecanismos e ferramentas extremamente eficazes no processo de mineração, mostrando-se focada na sustentabilidade ambiental. Estamos orientando a cooperativa para que desenvolva ações ligadas a legislação trabalhista e no aprimoramento tributário. Conhecemos os projetos de cunho educativo e social desenvolvidos junto as comunidades onde as cooperativas está localizada e na região onde o ouro é extraído. Não temos dúvidas de que a certificação é possível”, disse Marcos Pereira – Superintendente de Meio Ambiente e Qualidade da Cada da Moeda do Brasil.
Participaram da reunião e visitação, o Presidente da Coogavepe, Gilson Gomes Camboim, Tesoureiro Luiz Roberto Gallo, Representante da Empresa Amazon Fair Gold, Antônio Marinho e o Secretário Executivo Sirney Nascimento de Paula.
