Quase duas semanas depois da agressão, foi confirmada a morte do bebê João Vitor da Silva, de três meses. Ele estava internado na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Pronto-Socorro de Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá, após ter sido supostamente espancado pelo pai dele, um jovem de 25 anos, que encontra-se foragido.
A morte cerebral foi detectada na quarta-feira (11) deste mês, mas a família não permitiu que os aparelhos fossem desligados, de acordo com informações do setor de assistência social da unidade de saúde onde ele estava internado. No entanto, nesta quinta-feira (12), o corpo foi liberado pelo hospital e encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) para exame de necropsia. O IML deve apontar as causas das lesões no corpo da criança. Após o exame, o corpo deve ser liberado para a família para o sepultamento.
Na data da internação da criança, os pais disseram que a criança teria caído na rua e sido socorrida por eles, mas depois a mãe do bebê, Taila de Fátima Loreti da Silva, mudou o depoimento e contou que o pai, o jardimeiro Anderson Denis da Silva, tinha agredido o filho. Ele então teve a prisão decretada pela Justiça, mas fugiu e não havia sido localizado até a publicação desta reportagem.
Em depoimento, a mãe de 17 anos relatou que o marido tinha o filho duas vezes. Primeiro, teria dado um soco na criança e ainda teria retirado o bebê de um carrinho e o arremessado contra o chão. A jovem relatou que não contou a verdade no primeiro momento porque o suspeito a ameaçou de morte.
No último dia 4, o delegado Claudio Alvarez deu detalhes do depoimento da mãe do bebê. "O pai irritado levantou-se da cama, tirou o bebê do colo da mãe, ergueu ele ao alto e arremessou de cabeça contra o chão. A mãe afirma que, nesse momento, pegou o bebê, ele estava mole e saiu desesperada, pedindo socorro", disse. O pai já tem passagem por homicídio e já tinha sido preso por isso.