Os senadores de Mato Grosso já adiantaram que irão fazer de tudo para não deixar que o processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff (PT) não seja aprovado no Senado.
Dos três senadores da bancada mato-grossense apenas José Medeiros (PSD) foi indicado pelo partido para ser um dos 21 membros que vão compor a Comissão Especial que estudará a admissibilidade do processo de impedimento da petista.
O processo, entregue ontem pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), precisará passar por duas etapas no Senado Federal para que Dilma realmente perca o cargo. Na primeira votação, caso aceitem o pedido, ela é afastada da função por 180 dias.
Medeiros contou à reportagem que a confirmação de seu nome no grupo deve ocorrer hoje e que com isso ele poderá “representar a vontade de todos do Estado”.
O senador Blairo Maggi, que já havia emitido sua opinião favorável ao impeachment, manteve sua postura. Maggi vê o impedimento de Dilma como uma saída para a crise política e econômica do País.
Já o senador Wellington Fagundes (PR) salienta que o sentimento das ruas pesará nos votos favoráveis ao impeachment. Dos três, Fagundes é considerado o único indeciso.
A Câmara aprovou o seguimento do processo de impeachment para o Senado por 367 votos a 137, no último domingo (17). Após a votação da Câmara, várias figura públicas emitiram sua opinião. Uma delas foi o governador Pedro Taques (PSDB), que disse que a constituição foi cumprida.
No Senado, os partidos com a maiores bancadas, PMDB e o PT, deverão indicar o presidente e o relator, respectivamente. A 1ª votação é por maioria simples: com 41 dos 81 votos favoráveis, Dilma é afastada por 180 dias. Michel Temer (PMDB) assume.