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Sinop

Acusado de cobrar mensalinho, vereador por Sinop é cassado por 13 votos a dois

Os vereadores consideraram o republicano culpado das acusações de cobrança de mensalinho de pelo menos dois ex-servidores do Legislativo.

Vereador de Sinop Cassado
Foto: Divulgação

Com 13 dos 15 votos, o vereador por Sinop, Fernando Brandão (PR), teve o mandato cassado pelos parlamentares, nesta segunda (14), após 5h de sessão, entre 17h e 22h. Os dois votos restantes foram uma abstenção de Hedvaldo Costa (PR) e outro contrário do próprio Brandão.

Os vereadores consideraram o republicano culpado das acusações de cobrança de mensalinho de pelo menos dois ex-servidores do Legislativo.

O parecer 070/2017 e o projeto de lei 007/2017, assim como a votação para cassação, tiveram aval dos 13 vereadores. Sob vaias, Hedvaldo Costa (PR) se absteve e o acusado votou contra. Quem assume a cadeira de Brandão agora é o primeiro suplente, secretário de Obras, Remídio Kuntz (PR), que teve 913 votos.

Brandão disse que tudo estava premeditado e que irá recorrer até a última instância para reverter a votação, mas caso não consiga, não atuará mais no meio político. “É o fim, com a política eu perdi muita coisa, minha família, eu errei muito em ajudar as pessoas”, disse.

Um dos momentos em que a votação "pegou fogo" foi quando um grupo de aproximadamente 300 pessoas, liderado por Moisés Tavares, entraram no plenário da Câmara com faixas em forma de protesto para várias demandas, mas principalmente em relação à corrupção e ao caso do mensalinho. “Viemos em cinco ônibus cheios e estamos protestando contra tudo”, afirmou ao RD News.

Em ordem alfabética, os vereadores tiveram a oportunidade de explanar opiniões sobre a denúncia investigada. A fala que mais causou alvoroço por parte da população presente foi a do vereador Tony Lennon (PMDB). O peemedebista, que era membro da Comissão, questionou o fato de ter sido retirado das oitivas. “Ora eu participava, ora eu era afastado, eu fazia parte de uma comissão e chegava pedidos para eu me afastar, mas eu atendi algumas vezes.”

Sobre o assunto, Brandão acusou o colega de ser parcial em todos os momentos que falava algo relacionado ao escândalo. Vale lembrar que Tony já levou um rato para a sessão ao discursar sobre a suposta cobrança de mensalinho, no entanto, não mencionou nome de nenhum parlamentar.

Tony, ao se relacionar à corrupção, também comentou que no meio político existem cobras. “Elas não fazem mal, mas quando levantam sua cabeça destilam o veneno”, dispara. Mas depois amenizou o discurso e disse para Brandão buscar seus direitos. “Vá até o final, é um direito seu, mas eu não posso mentir em dizer que não estou feliz, porque estou”, comemora.

Hedvaldo Costa, para justificar sua abstenção, afirmou em plenário que não viu nenhum material audiovisual. “Eu não assisti nenhum vídeo, eu não escutei nenhum áudio”. Porém o RD News apurou que todos esses materiais foram disponibilizados aos vereadores, inclusive Hedvaldo.

Já os vereadores Billy Dal’Bosco, Professora Branca, do PR, Leonardo Visera (PP), Maria José, Joaninha,  do PMDB, e Dilmair Callegaro (PSDB) mantiveram silêncio durante toda a sessão.

Ícaro Francio Severo (PSDB) não participou da votação, pois seu pai, Leonildo Severo, é advogado de um dos denunciantes, e conforme o regimento interno, o parlamentar tucano não poderia participar. Quem assumiu seu lugar foi o suplente Célio Garcia (DEM).

 

O que disse a Comissão

Conforme a justificativa apresentada pela Comissão de Ética e Decoro Parlamentar (CEDP), em detrimento dos indícios convincentes de atos ilícitos e as expressivas contradições presentes na versão apresentada pela defesa de Brandão, foi inevitável a veracidade da representação.

Ainda de acordo com o documento elaborado pela CEDP, inserido no ato de improbidade administrativa, a situação causou danos ao erário e atentou contra os princípios da administração pública. Já referente às práticas de irregularidades cometidas ao longo do desempenho de seu mandato, Brandão cometeu abuso de poder em detrimento do cargo pelo uso de servidores do Legislativo em atividades não vinculadas ao exercício da Casa.

A Comissão também alega que houve quebra de decoro parlamentar, pois Fernando agiu de forma ativa, passiva, omissiva, em condutas ilegais, imorais e antiéticas, também foi omissivo e passivo ante a prática de extorsão de parte ou de todo o salário dos servidores, prática de agiotagem, além de ser omissivo e passivo em relação ao abuso da carga horária de trabalho dos seus funcionários.

A defesa

O primeiro a falar foi Vilson Paulo Vargas, advogado de Brandão, que nos quase 45 minutos da defesa, alegou em praticamente todos os momentos, que não existem provas concretas contra seu cliente, e que se elas existissem que fossem apresentadas.

Brandão também teve a oportunidade de usar a tribuna e em sua defesa alegou que houveram falhas processuais. Pediu até que a votação não ocorresse. “A sessão de hoje é nula, não é efetivada conforme nosso Regimento Interno que temos que respeitar”, defende.

Sobre isso, o presidente da Mesa, Ademir Bortoli (PMDB), não acatou o pedido e disse para prosseguir com a defesa. Após ser contrariado, Brandão continuou e também defendeu sua assessora de Gabinete, Viviane Bulgarelli. “Ela não cobrou, ela não é culpada. Não existe prova, existe indícios, suposições.”

Com o tempo de Brandão quase esgotado e já sem a atenção das pessoas,  a advogada Lucia de Souza disse para o vereador concluir. Respeitando a assessoria jurídica, o republicano finalizou com a seguinte frase. “Eu suplico que cada um vote conforme a convicção real e das provas, se for para me cassarem, cassem! E se for cassado, não será uma pena, será um livramento”, finalizou.

Sobre o caso

Em março, uma denúncia contra o vereador Brandão, sobre uma suposta extorsão para indicações de cargos no Legislativo chegou ao Ministério Público. Nilza Assunção Oliveira, uma das ex-funcionárias, que denunciou o ato de improbidade administrativa, disse que o montante exigido mensalmente pelo parlamentar chegava a R$ 1,8 mil.

Após o escândalo, um outro servidor que também trabalhou para Brandão neste mandato contou que o primeiro salário de R$ 2,3 mil foi repassado integralmente à assessora de gabinete Viviane Bulgarelli. Já os outros dois subsequentes nem foram pagos a ele.

O ex-servidor também disse que ao invés de ser assessora era mais um “boy de luxo", visto que buscava os filhos de Brandão na escola, ia ao supermercado comprar café, e atendia às necessidades supérfluas do vereador.

Em abril, a corregedoria da Câmara, por meio do vereador Luciano Chitolina (PSDB), averiguou as acusações publicadas pela mídia e montou relatório que foi entregue ao presidente da Câmara, Ademir Bortoli (PMDB). Este, após análise dos apontamentos criou a Comissão Processante na intenção de esclarecer todas as acusações.

Desde o dia em que a denúncia veio à tona, Brandão tem dito que é inocente. Publicou em suas redes sociais que tudo o que estava acontecendo era para manchar a sua imagem como vereador.

Também corre sobre a sua chefe de gabinete, Viviane Bulgarelli, a suspeita de ser comparsa no suposto esquema, já que ela recebia os valores e repassava ao republicano. Bulgarelli também sempre se defendeu e alegou que as denúncias tratam de questões fantasiosas de pessoas que tentam manchar a imagem de uma equipe comprometida com a sociedade de Sinop.

Intervenção judicial

Em 30 de junho, o juiz Mirko Vicenzzo Gianotte determinou que o Legislativo cancelasse a votação que estava marcada para 3 de julho. A alegação por parte do requerente, no caso Brandão, era que irregularidades ocorreram durante o processo administrativo, porém o desembargador Luiz Carlos da Costa, derrubou a liminar autorizando que a votação fosse realizada. Então o Legislativo remarcou para o dia 7.

Na noite do dia 6 a segunda determinação foi protocolada e o juiz Mirko determinou novamente que a votação fosse cancelada, com o adendo de que nenhum procedimento fosse adotado pela Câmara. Porém houve mais uma frustração por parte de Brandão. O Tribunal de Justiça (TJMT), por meio de seu desembargador Luiz Carlos, derrubou pela segunda vez a liminar do juiz da 6ª vara de Sinop.

Com recesso marcado, o presidente da CEDP, vereador Joacir Testa (PDT), garantiu que seria o primeiro projeto a ser votado no retorno das sessões, que ocorreu na segunda passada (07), contudo, devido a reforma que é realizada na Câmara, houve o adiamento, sendo votada nesta segunda (14).

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Social

SMAS recebe equipamentos e mobílias

Departamentos, Coordenações e Repartições ligadas a Secretaria de Assistência Social são contemplados pela ação de governo Matupaense

SMAS recebe equipamentos e mobílias
Foto: Entrega de Equipamentos

A prefeitura de Matupá vem fazendo constantes investimentos na melhoria das condições de trabalho dos servidores das diferentes secretarias, departamentos, coordenações e repartições públicas.

Nesta semana foram entregues aparelhos tecnológicos como: projetores, monitores, impressoras, HDs externos, mouses óticos, câmeras de monitoramento, além de cadeiras almofadadas e ar condicionados.

Visando a melhor dinâmica e eficiência das atividades foram contempladas o CRAS, Casa Lar, Vigilância Socioassistencial, Capela Mortuária, Coordenação de Regularização Fundiária, entre outros setores da Secretaria Municipal de Assistência Social.

Com relação a mobílias, a gestão fez a entrega de camas, colchões, armários e também frízeres, fornos elétricos, liquidificadores, sanduicheiras e demais eletrodomésticos.

“Nós precisamos aparelhar os departamentos, repartições e os ambientes dos prédios públicos, e isso representa organização, praticidade, condições de trabalho e melhor atendimento à população, ou seja, com segurança, comodidade e agilidade. Esse tipo de investimento é um fator motivador aos funcionários e colaboradores tendo como principal meta a otimização dos serviços prestados aos cidadãos, em especial pela pasta de Assistência Social”, mencionou o Prefeito Bruno Mena.  

Entrega

Entrega

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Terra Nova do Norte

Dia 30 acontece o lançamento da Regularização Fundiária da Gleba ETA

Força Tarefa do Titula Brasil Terra Nova do Norte, Peixoto de Azevedo e INCRA-MT para emissão de Títulos Definitivos aguardados a mais de 40 anos.

Dia 30 acontece o lançamento da Regularização Fundiária da Gleba ETA
Foto: Câmara de Vereadores

Acontecerá no próximo dia 30 de abril a solenidade de lançamento da Regularização Fundiária Rural do Projeto de Assentamento Gleba ETA que abrange os municípios de Terra Nova do Norte e Peixoto de Azevedo.

Na ocasião haverá a entrega de Contrato de Concessão de Uso – CCU e as equipes técnicas das Secretarias Municipais de Agricultura e do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA/MT, efetuarão a coleta de documentos com vistas a emissão do Título Definitivo de Propriedade.

O Prefeito de Terra Nova do Norte, Pascoal Alberton, solicitou a concentração de esforços técnicos, administrativos e de logística para que o órgão federal garanta celeridade na entrega dos Títulos Definitivos de Propriedade da Gleba ETA, região de grande concentração de produção agropecuária.

A partir do lançamento do processo de regularização fundiária que acontecerá a partir das 9:00 horas do dia 30 de abril (Terça-Feira) nas dependências da Câmara de Vereadores de Terra Nova do Norte, a Unidade Regional do INCRA-MT providenciará todas as tratativas administrativas e jurídicas para a emissão dos Títulos aguardada a pelo menos quatro décadas pelas famílias em territórios Terranovense e Peixotense.

“São dezenas de agricultores que a muito tempo cumprem com seus direitos e obrigações, e que sempre cultivaram a esperança de obterem o documento de suas propriedades rurais, ou seja, o Título Definitivo. Esperamos que todos estejam presentes neste grande marco para regularização fundiária da Gleba ETA, pois assim que acessarem as escrituras poderão buscar créditos nas instituições financeiras, obterão a valorização do imóvel e também poderão ser contemplados pelos incentivos governamentais”, mencionou o Prefeito Pascoal.

O grupo de trabalho do ‘Titula Brasil’ de Terra Nova do Norte e Peixoto de Azevedo estará desenvolvendo as seguintes atividades:

Coleta e Juntada de Documentos

Efetuando Homologações

Instruções Processuais

Baixas Resolutivas

Procedimentos de Regularização

A Presidente da Câmara de Peixoto de Azevedo, Rosângela Matos Dias (Zinha) tem acompanhado e apoiado as políticas publicas de regularização fundiária urbana e rural. Para ela a Titulação da Gleba ETA será um divisor de águas para a fomentação das cadeias produtivas devido a segurança jurídica que o documento providencia no sentido de viabilizar linhas de crédito para custeio, construções e ampliações, aquisição de máquinas, implementos e insumos, além da valorização imobiliária.

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Política

Patrulha Mecanizada para a Associação de Produtores Rurais do Vale do Iriri

Neri garantiu que a associação será contemplada com os equipamentos para mecanização das áreas de plantio dos agricultores familiares do assentamento rural.

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Foto: Neri Geller atende vereadoras
Em uma postagem nas redes sociais a Vereadora Roângela Matos Dias (Zinha) presidente da Câmara Municipal de Peixoto de Azevedo disse que 'Credibilidade política se conquista com respeito, verdade e muito trabalho, e jamais se impõe'.
 
A parlamentar fez menção e agradeceu o Secretário Nacional de Políticas Agrícolas do MAPA-Governo Federal, Neri Geller por atender o pleito de 01 Patrulha Agricola Mecanizada para a Associação de Pequenos Produtores Rurais do Vale do Iriri, que é uma referência em produtividade no Projeto de Assentamento Planalto do Iriri, localizado a mais de 170 km da sede do município.
 
Ela frizou que a instituição abastece o mercado local, oferta alimentos para escolas, entidades e instituições filantrópicas, além de gerar empregos e renda no campo.
 
A expectativa é de que nos próximos 90 dias o trator e implementos sejam disponibilizados conforme anunciou em entrevista o Secretário Neri Geller.
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