A Polícia Federal prendeu, esta manhã, na capital, o doleiro acusado de financiar uma quadrilha acusada de tráfico internacional de drogas. Além disso, foram apreendidos cerca de meio milhão em dinheiro, R$ 50 mil em cheques e 14 barras de ouro na residência do suspeito, localizada no bairro Popular. A PF aponta que ele estava estabelecido em Cuiabá e movimentava o dinheiro necessário para o funcionamento do negócio utilizando empresas de turismo de fachada em São Paulo. Uma advogada também foi detida e a suspeita é a de que ela daria apoio ao grupo.
A Ordem dos Advogados do Brasil seccional Mato Grosso (OAB-MT). De acordo com o MidiaNews, o presidente do Tribunal de Prerrogativa de Advogados da OAB-MT, Luiz da Penha, foi informado, esta manhã, pela Polícia Federal sobre a ação na casa da advogada. A PF deflagrou a operação “Soberba”, esta manhã, visando cumprir 11 mandados de prisão preventiva, dois de prisão temporária, 13 de condução coercitiva e 18 de busca e apreensão nos municípios de Cuiabá, Várzea Grande, Mirassol D`Oeste, Barão dos Cocais, Inhapim, Coronel Fabriciano, Governador Valares (todas cidades de Minas Gerais), São Paulo e Guarulhos (ambas em São Paulo).
A assessoria ainda não informou quantos destes mandados já foram cumpridos. As investigações se iniciaram há aproximadamente um ano. Os investigados estavam baseados em Cuiabá e Várzea Grande. A droga era obtida na Bolívia junto a intermediadores atuantes na faixa de fronteira com Mato Grosso. A droga tinha como principal destino o estado de Minas Gerais com ramificações em Portugal e Espanha. No decorrer da investigação foram lavrados cinco autos de prisão em flagrante. No total foram apreendidos 218 quilos de pasta base de cocaína, além de um quilo de cloridrato de cocaína, 195 mil dólares, R$ 34 mil, além de diversos veículos.
A organização criminosa contava ainda com o suporte de uma advogada que atuava como informante do tráfico catalogando placas de viaturas utilizadas na repressão ao crime, além de ter pleiteado a devolução de veículo utilizado para o transporte de cocaína mediante a apresentação de documento de compra e venda forjada, com data retroativa ao transporte. A Justiça Federal determinou ainda o bloqueio de contas bancárias utilizadas pelos investigados, além do sequestro de bens.
O nome da operação se deve a postura dos investigados, com ostentação perante a sociedade e crença na impunidade.