Após 14 dias de greve e uma liminar que obrigava o retorno ao trabalho, sob pena de multa de R$ 100 mil diários, os servidores do Detran-MT se reuniram em assembléia-geral na manhã desta segunda-feira (16) e decidiram suspender a paralisação, atendendo a solicitação da desembargadora Clarice Claudino. Os trabalhos serão retomados nesta terça-feira (17).
Na última sexta-feira (13), representantes do Tribunal de Justiça, do Sindicato dos Servidores do Detran-MT (Sinetran-MT) e o procurador geral do Estado Felipe da Rocha Florêncio se reuniram para discutir uma possível conciliação para por fim à greve.
“A categoria conseguiu, através da greve, dar início, finalmente, às negociações e por isso resolveu dar um crédito à instituição do Tribunal de Justiça, que passará a conduzir as audiências e enquanto estivermos negociando vamos suspender a greve, com vistas à chegarmos a um consenso o mais breve possível. Mas se esgotarem as possibilidades e o concurso não for realizado, retomaremos o movimento tão logo seja necessário, por tempo indeterminado”, afirma Daiane Renner, presidente do Sinetran-MT.
A próxima reunião de negociação no Núcleo do TJ será na próxima quarta-feira (18 de março), às 15 horas.
O caso
A realização do concurso do Detran-MT foi acordada durante a gestão do governador Silval Barbosa, em 2013. Em 2014, após manifestações da categoria, o chefe do executivo estadual assinou autorização para o certame, com previsão para lançamento do edital ainda naquele ano, o que não se realizou.
Em janeiro, logo após assumir o governo de Mato Grosso, Pedro Taques publicou decreto suspendendo todos os concursos da administração estadual por um prazo de 120 dias, a fim de realizar auditoria para comprovar real necessidade de novas contratações.
Membros da comissão do concurso procuraram o governo em janeiro para mostrar a necessidade de realização de concurso no Detran-MT, e foram informados para aguardar as análises.