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Fantástico expõe propinas milionárias das obras da Copa

Desvios chegam a R$ 640 mi e conexão entre operações da PF, Gaeco e PJC

Colônia penal de sousa
Foto: Divulgação

Foi ao ar na noite deste domingo (22) a aguardada reportagem do Fantástico sobre esquema de corrupção instalado em Mato Grosso que envolvia o Poder Executivo e Legislativo e teria nos últimos anos desviado pelo menos R$ 640 milhões do erário. A reportagem, assinada pelo jornalista investigativo Eduardo Faustini, ainda cita propinas que teriam sido prometidas ao ex-secretário extraordinário da Copa, Eder Moraes, na ordem de R$ 10 milhões e a conexão entre as operações Ararath, Edição Extra e Imperador, deflagradas, respectivamente, pelo Polícia Federal, Delegacia Fazendária e Gaeco, entre 2014 e 2015.
 
O quadro “Cadê o dinheiro que estava aqui” revelou para a opinião pública nacional informações já apresentadas pela imprensa local, incluindo trechos de depoimentos de Eder Moras já publicados até então com exclusividade por Olhar Direto/ Jurídico. Eder inclusive concedeu entrevista ao Fantástico desqualificando seu próprio depoimento.  Ele alega que mentiu para o Ministério Público porque estava incomodado com o fato de não ter sido conduzido para o cargo de conselheiro do Tribunal de Contas, o que teria lhe sido prometido anteriormente.  
 
Em entrevista ao programa dominical, o delator da operação Ararath, empresário Junior Mendonça, afirmou que procurou espontaneamente o Ministério Público porque sabia que tinha cometido erros e queria pagar. Ele explica que sua participação se limitava ao empréstimo de dinheiro para o Poder Legislativo e Executivo. Riva e Eder o procuravam, cada um para atender as demandas de seu respectivo Poder, sendo o segundo enviado a mando de Silval Barbosa (PMDB), governador à época. O dinheiro de Mendonça abastecia o “sistema”, nome dado para a compra de apoio político. Para o Ministério Público Federal, Mendonça atuava como uma verdadeira instituição financeira pirata em Mato Grosso – foco da investigação da Ararath.
 
O depoimento de Júnior Mendonça acabou sendo crucial para ligar Riva ao esquema investigado pelo Gaeco que culminou na operação Impostor, deflagrada no último sábado com a prisão de Riva. Para quitar os empréstimos com Júnior Mendonça, abastecer o “sistema” e resolver outras demandas, o ex-presidente da Assembleia, segundo a denúncia oferecida pelo Ministério Público, forjava licitações para o fornecimento de materiais com empresas de fachada. O produto comprado não era entregue, o dinheiro era depositado nas contas das vencedoras do certame e sacado por um homem de confiança de Riva. Nesta caso, cerca de 80% do montante retornava a Riva.
 
Esquema semelhante acontecia com a aquisição de material gráfico. Neste caso, as investigações conduzidas pela Delegacia Fazendária culminaram na operação Edição Extra. As empresas prestadoras de serviço não eram de fachada, mas os produtos adquiridos também não eram entregues. Um dos delatores do esquema contou ao Fantástico que o “retorno” para Riva do dinheiro desviado era de 75% do valor dos contratos.
 
No bojo dos esquemas de corrupção elencados pelo Fantástico, entraram as problemáticas obras da Copa do Mundo, com destaque para a construção do VLT, que deve ficar R$ 500 milhões mais caro que o previsto, e as desastrosas construções dos viadutos da Sefaz e UFMT – o primeiro interditado no primeiro mês de uso e o segundo executado sem projeto de drenagem, o que deixa a pista intransitável em dias de intensas chuvas.
 
A reportagem ainda mostrou cenas da prisão de Riva, feita ontem pelo Gaeco. De acordo com Fantástico, as chamadas para a reportagem de hoje, feitas durante a semana, ajudaram na prisão do ex-presidente da AL, uma vez que a matéria poderia motivar uma fuga do ex-parlamentar.
 
José Riva é apresentado foi apresentado pela matéria como o maior político ficha suja do Brasil. Para ilustrar a afirmação, a lista de processos contra ele  foi colocada no chão em sequência. Já Eder Moraes é apresentado como o homem que “vale” R$ 10 milhões, valor que lhe teria sido prometido em propina pelas obras da Copa, sendo metade pelo VLT e metade pela Arena Pantanal.
 
Outro político citado na reportagem é o deputado estadual Mauro Savi (PR), que foi primeiro-secretário enquanto Riva era presidente e teria assinado junto com o colega de parlamento uma nota promissória de R$ 5,7 milhões. Riva alega que esse empréstimo era pessoal e à reportagem Savi negou qualquer acusação de desvio de recursos públicos e diz que a nota promissória que avalizou para José Riva é somente uma prática comercial lícita.
 
A defesa de Riva alega que as acusações de Júnior Mendonça não têm base em provas e que a documentação relativa aos períodos em que ele presidiu a casa vai afastar qualquer possível suspeita de ato ilícito.
 
Já Silval se manifestou por meio de nota, declarando que nunca autorizou Éder Moraes a fazer qualquer transação com Júnior Mendonça e declara que espera o teor das investigações sobre desvios de dinheiro para prestar esclarecimentos caso seja necessário.
 
Barbosa ainda afirma que a obra do VLT teve acompanhamento de todos os órgãos de controle e fiscalização e o atraso é culpa das desapropriações judiciais, ações do Ministério Público e a complexidade da obra.

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Terra Nova do Norte

Dia 30 acontece o lançamento da Regularização Fundiária da Gleba ETA

Força Tarefa do Titula Brasil Terra Nova do Norte, Peixoto de Azevedo e INCRA-MT para emissão de Títulos Definitivos aguardados a mais de 40 anos.

Dia 30 acontece o lançamento da Regularização Fundiária da Gleba ETA
Foto: Câmara de Vereadores

Acontecerá no próximo dia 30 de abril a solenidade de lançamento da Regularização Fundiária Rural do Projeto de Assentamento Gleba ETA que abrange os municípios de Terra Nova do Norte e Peixoto de Azevedo.

Na ocasião haverá a entrega de Contrato de Concessão de Uso – CCU e as equipes técnicas das Secretarias Municipais de Agricultura e do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA/MT, efetuarão a coleta de documentos com vistas a emissão do Título Definitivo de Propriedade.

O Prefeito de Terra Nova do Norte, Pascoal Alberton, solicitou a concentração de esforços técnicos, administrativos e de logística para que o órgão federal garanta celeridade na entrega dos Títulos Definitivos de Propriedade da Gleba ETA, região de grande concentração de produção agropecuária.

A partir do lançamento do processo de regularização fundiária que acontecerá a partir das 9:00 horas do dia 30 de abril (Terça-Feira) nas dependências da Câmara de Vereadores de Terra Nova do Norte, a Unidade Regional do INCRA-MT providenciará todas as tratativas administrativas e jurídicas para a emissão dos Títulos aguardada a pelo menos quatro décadas pelas famílias em territórios Terranovense e Peixotense.

“São dezenas de agricultores que a muito tempo cumprem com seus direitos e obrigações, e que sempre cultivaram a esperança de obterem o documento de suas propriedades rurais, ou seja, o Título Definitivo. Esperamos que todos estejam presentes neste grande marco para regularização fundiária da Gleba ETA, pois assim que acessarem as escrituras poderão buscar créditos nas instituições financeiras, obterão a valorização do imóvel e também poderão ser contemplados pelos incentivos governamentais”, mencionou o Prefeito Pascoal.

O grupo de trabalho do ‘Titula Brasil’ de Terra Nova do Norte e Peixoto de Azevedo estará desenvolvendo as seguintes atividades:

Coleta e Juntada de Documentos

Efetuando Homologações

Instruções Processuais

Baixas Resolutivas

Procedimentos de Regularização

A Presidente da Câmara de Peixoto de Azevedo, Rosângela Matos Dias (Zinha) tem acompanhado e apoiado as políticas publicas de regularização fundiária urbana e rural. Para ela a Titulação da Gleba ETA será um divisor de águas para a fomentação das cadeias produtivas devido a segurança jurídica que o documento providencia no sentido de viabilizar linhas de crédito para custeio, construções e ampliações, aquisição de máquinas, implementos e insumos, além da valorização imobiliária.

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UNIÃO DO NORTE

Vereadora Eliege continua trabalhando para garantir estradas em União do Norte

Vereadora e Moradores se unem para buscar construção de pontes e bueiros nas estradas rurais

Vereadora Eliege continua trabalhando para garantir estradas em União do Norte
Foto: Vereadora Eliege na Ponte do Trav. 02
A vereadora Eliege Krul segue defendendo a população do distrito União do Norte, quer seja na Tribuna da Câmara, na Imprensa e com mais assiduidade através da Promotoria de Justiça da Comarca de Peixoto de Azevedo.
 
Neste final de semana a parlamentar esteve no Travessão 02 onde a Secretaria de Obras fez a construção da ponte de madeira em atendimento a um termo de compromisso assumido junto ao MPE, a Legisladora e as dezenas de famílias que estavam praticamente ilhadas nas comunidades dos travessões 02 e 03 por conta da queda de pontes ocasionada pela falta de manutenção e fortes chuvas deste ano.
 
Duas pontes foram construídas nas ligações dos travessões onde concentra-se um grande número de agricultores familiares, bem como por onde passa o transporte escolar e é feito o escoamento dos produtos hortifrutigranjeiros.
 
“Em partes estou satisfeita. Essa cobrança tem mais de 2 anos e só foi parcialmente resolvida por conta do acionamento da promotoria de justiça e uma grande mobilização dessas famílias que estiveram pessoalmente na sede do Ministério Público, a exemplo da Ação Civil Pública que eu mesma movi para que as pessoas tivessem o direito de ir e vir. Não darei descanso a esta gestão até que ela faça obras mais duradouras, ou seja que se construa pontes, bueiros e galerias de concreto”, mencionou a Vereadora Eliege Krul.
 
A parlamentar garantiu que será intransigente para que os 11 projetos de assentamentos rurais tenham estradas trafegáveis e sejam respeitados como território integrante do município de Peixoto de Azevedo e que ajuda no desenvolvimento econômico local.
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